terça-feira, 19 de maio de 2015

Ane, eu também já senti a dor de ser gente de verdade, sem retoque ou maquiagem. Eu também já tive meu coração pisoteado por quem foi embora sem olhar pela fresta da porta. Eu também já deparei com gente tão ruim que a gente se pergunta se existe mesmo. Existe, Ane. Estão espalhados por aí. Com um bom papo, um narcisismo irremediável e uma dose de mentiras românticas. E sabe o que é triste? Só as pessoas boas ficam deprimidas. Que verdade terrível! Só quem, como você, tem coração. Só quem sabe sentir. Mas eu aprendi uma coisa que não falha: A gente colhe o que planta. Exceto quando plantamos em solo infértil, não há semente boa que germine num solo podre. O problema não está em você, Ane. Muito menos em suas sementes. E, olha, você merece tanto amor, tanta verdade, tanto sorvete de morango e passeio de mãos dadas. Seu coração vai sarar, eu prometo. Esse ardor nos seus olhos é a luz da verdade. Você não sabe, mas eles estavam fechados. A claridade vai machucar um pouco, mas você se acostumará. Não te escrevo isso para lembra-la da dor, mas pra dizer que Deus não vai deixar assim. Ele te criou, te cuidou, imagine como ele se sente ao vê-la assim, tão ferida? Vai curar, sei que vai. Finalizo dizendo que não é feio estar sofrendo. Sua coragem é bonita, viu? Que bom que você tentou, que bom que você se arriscou, que bom que você teve fé no amor. Quem não vai, não vive.
— A menina e o violão para Laureane Antunes.

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