sexta-feira, 8 de maio de 2015

Se eu tivesse que pensar em uma metáfora que te descrevesse, eu diria: uma luz no fim do túnel. Bobo, eu sei, mas verdadeiro. Finalmente uma luz que não fosse um caminhão prestes a me atropelar e, em milésimos de segundos, me atirar ao chão. Uma luz que de tão sutil me atiçou a vista e me provocou curiosidade. Que de tão bonita me fez chegar perto. E que de tão perto me fez arriscar. Te toquei… e tudo ao meu redor se iluminou. Se eu tivesse que inventar uma metáfora agora, eu diria que você acendeu o meu sorriso fosco e aqueceu as pontas dos meus dedos gelados. E tudo virou um jogo de luz e sombras, que não mais me apavoravam. Você levou embora meus pesadelos e afastou o meu medo do escuro. Você trouxe presença ao meu caminho, de forma que eu nunca mais me senti só. Admito que, quando lá no fundo você me surgiu, os meus olhos duvidaram: depois de muito tempo no escuro, a gente endurece. Mas você, com toda a sua luz quente, derreteu tudo o que havia petrificado em mim. Assim, aquecida e iluminada eu pude olhar ao meu redor e me enxergar de uma maneira que há muito não enxergava. Vi que também existia uma faísca bem dentro de mim. Foi então que você me tomou pela mão e me levou adiante. Me mostrou que o mundo é bem maior do que eu podia ver na escuridão. E eu te segurei com todo o cuidado do mundo para que você nunca perdesse o brilho e se perdesse de mim. Se eu pudesse inventar uma metáfora, eu diria que, neste momento, desejo iluminar suas noites tanto quanto você ilumina as minhas. E se você estivesse bem aqui na minha frente, bastaria sorrir para que eu pudesse te entender sem metáfora alguma: a minha luz provém da tua.
— Rio-doce 

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